Com efeito no contexto de contenção orçamental, surgem formas inovadoras de as organizações maximizarem o talento latente do seu capital humano. Uma das possibilidades é a criação de comunidades de práticas, plataformas colaborativas que permitem aos trabalhadores aprendem entre si no local de trabalho, fomentando a troca de conhecimentos, experiências e soluções adequadas a problemas concretos das empresas.
Existem três características básicas que definem um grupo como uma comunidade de práticas: o domínio, o membro de uma comunidade de práticas precisa de possuir uma identidade definida pelo interesse compartilhado com o grupo; a comunidade, precisa de proporcionar interacção; e a prática, os membros de uma comunidade de práticas desenvolvem um reportório de experiências, histórias e ferramentas que os qualificam para enfrentarem certas situações que se tornam recorrentes.
Quando aplicado ao sector de educação/ formação, o conceito de comunidade de práticas pode ser usado de forma diferente consoante a fase do processo formativo. Por exemplo, as comunidades de práticas são uma boa fonte de levantamento de necessidades de formação e de recolha das lacunas de aprendizagem, como também permitem a socialização entre os participantes e a discussão de conteúdos formativos específicos. Além disso, fomentam o espírito de equipa e acompanhamento da formação.
As comunidades de práticas podem ser reforçadas por uma nova figura no mundo da formação. Deste modo, nas organizações a discrepância entre propensão para investir na formação e os recursos financeiros, técnicos, tecnológicos e pedagógicos disponíveis cria espaços para o surgimento de um perfil emergente que permita gerar e reter talentos: facilitadores de aprendizagem.
“A relação entre comunidade de práticas e o facilitador de aprendizagem de natureza simbiótica na geração e partilha de conhecimento.”