domingo, 17 de janeiro de 2010

Comunidade de Práticas e Facilitadores de Aprendizagem

“Uma comunidade de práticas consiste num grupo de pessoas que se unem em torno de um mesmo tópico ou interesse. Essas pessoas trabalham juntas para identificarem meios de melhorar o que fazem, na resolução de um problema na comunidade ou na aprendizagem diária, através da interacção regular.”

Com efeito no contexto de contenção orçamental, surgem formas inovadoras de as organizações maximizarem o talento latente do seu capital humano. Uma das possibilidades é a criação de comunidades de práticas, plataformas colaborativas que permitem aos trabalhadores aprendem entre si no local de trabalho, fomentando a troca de conhecimentos, experiências e soluções adequadas a problemas concretos das empresas.

Existem três características básicas que definem um grupo como uma comunidade de práticas: o domínio, o membro de uma comunidade de práticas precisa de possuir uma identidade definida pelo interesse compartilhado com o grupo; a comunidade, precisa de proporcionar interacção; e a prática, os membros de uma comunidade de práticas desenvolvem um reportório de experiências, histórias e ferramentas que os qualificam para enfrentarem certas situações que se tornam recorrentes.

Quando aplicado ao sector de educação/ formação, o conceito de comunidade de práticas pode ser usado de forma diferente consoante a fase do processo formativo. Por exemplo, as comunidades de práticas são uma boa fonte de levantamento de necessidades de formação e de recolha das lacunas de aprendizagem, como também permitem a socialização entre os participantes e a discussão de conteúdos formativos específicos. Além disso, fomentam o espírito de equipa e acompanhamento da formação.

As comunidades de práticas podem ser reforçadas por uma nova figura no mundo da formação. Deste modo, nas organizações a discrepância entre propensão para investir na formação e os recursos financeiros, técnicos, tecnológicos e pedagógicos disponíveis cria espaços para o surgimento de um perfil emergente que permita gerar e reter talentos: facilitadores de aprendizagem.

“A relação entre comunidade de práticas e o facilitador de aprendizagem de natureza simbiótica na geração e partilha de conhecimento.”

No mix está a virtude - Misturar suportes para aprender

“Combinar o e-learning com os métodos mais tradicionais de ensino poderá dar uma mistura fantástica. A ela atribui-se a designação de blended learning.”

O conceito blended learning consiste numa solução de aprendizagens que combina o e-learning com as mais diversas formas de aprendizagem convencionais (aulas presenciais, leitura de livros, visitas de estudo, entre outros).

A ideia de que combinar diversos métodos de ensino e recursos de aprendizagens não é a actual e é uma excelente forma de melhorar a prestação dos alunos de um modo geral (qualquer que seja o seu grau de ensino ou tipo de formação).

Numa solução blended learning, o ponto de partida é um método de aprendizagem a distância, que recorre ao e-learning e aproveita o potencial das novas tecnologias para partilhar informação quando e onde o aluno pretender. Este conjuga os mais diversos métodos tradicionais, num mix de formatos, meios e experiências online e presenciais.

A empresa de consultoria em e-learning The e-Learning Centre www.e-learningcentre.co.uk, não tem dúvidas quanto às principais vantagens do blended learnin. Esta afirma que permite combinar um determinado número de soluções adequadas a cada parte envolvida na aprendizagem; a combinação entre formatos mais tradicionais com outros mais recentes apresenta aos formandos novos métodos de ensino; a variedade de instrumentos confere, aos alunos, uma maior estimulação e motivação; e é uma forma de garantir que diferentes estilos de aprendizagemsão satisfeitos por uma única solução que poderá simultaneamente, estimular a prática, a teoria, a exploração a audição a observação, a pesquisa, entre outros aspectos.

Existem estatísticas que vieram comprovar o que, em teoria, é um sucesso. No início do ano de 2003, a empresa de formação empresarial Thomson NETg www.netg.com, realizou um estudo designado “Nova Geração da Aprendizagem Empresarial” com cinco grupos, para os quais foram seleccionados distintos métodos de ensino: um curso e-learning normal, três tipos diferentes de soluções blended e um grupo de controlo, ao qual não foi dada qualquer formação. Concluiu-se que os grupos “blended” foram 27% a 32% mais precisos no desempenho de tarefas, as quais foram finalizadas 41% a 51% mais rapidamente.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Que tal um dicionário sobre linguagem dos telemóveis?



A linguagem abreviada que começou a ser utilizada nos programas de chats da Internet, rapidamente saltou para as mensagens de telemóvel, curiosamente trazida para as redes móveis por quem a criou na rede global. Acontece que, hoje, em dia, para quem está fora do fenómeno pode ter que precisar de um dicionário para descodificar o que escondem as abreviaturas. Depois de poesia para SMS, o Centro Atlântico volta a apresentar uma solução para contornar o limite dos 160 caracteres.

Joviana Benedito, mestranda em "Espaço Lusófono", professora de Português, utilizadora intensiva do chat e estudiosa das linguagens específicas das comunidades virtuais propõe neste "dicionário" de bolso tudo o que é preciso saber para estar minimamente na "onda" da linguagem SMS. Por se estar perante um fenómeno importante de comunicação que se torna, cada vez mais, necessário conhecer, o Centro Atlântico deu guarida a uma obra que, para muitos, pode não passar de uma "cábula", em vez de um manual de aprendizagem."



Fonte: http://www.telemoveis.com/news/item.asp?ID=17475

Deixamos para reflexão o artigo de Opinião de Madalena Cruz-Ferreira, na Revista CiênciaHoje no qual são discutidos os impactos desta nova linguagem no universo da Língua Portuguesa...